Por Cassiano Fernandez

prazer-de-velejar-cassiano-fernandez-rumarTodas as experiências marcantes, na vida de alguém, tem uma certa dose de impacto, na vida de um deficiente físico, esse mesmo impacto praticamente triplica de intensidade. Às 9 horas da manhã de uma quarta-feira, estava eu na portaria do IATE CLUBE Rio de Janeiro – ICRJ, para aceitar um simpático convite que me fora feito, algumas semanas antes, pelo instrutor de vela Pedro Paulo Penna Fanca, o Pepê.

Logo na chegada este me recebeu de maneira entusiasmada, um entusiasmo pelo qual fui instantaneamente  contagiado. O ato do embarque foi uma aventura a parte devido ao caráter inusitado que o mesmo tivera: subi à bordo ainda com o barco em cima da carreta que o conduz à água e o frio na barriga que experimentei ao deslizar, rampa abaixo, para dentro da baia foi de um prazer e sensação de liberdade quase obscenos. À bordo, juntamente comigo e Pepê, estava Carolina, uma jovem escoteira de personalidade curiosa, calada e ao mesmo tempo, sorridente e tímida.

Ao longo do passeio, Pepê, foi divagando sobre a arte de velejar. Como a brisa da manhã, me batesse no rosto, refrescante, eu estava imerso em universo paralelo, flutuando ao sabor das ondas e aproveitando cada minuto de uma das experiências mais incríveis que já vivenciei.